Hoje o post está super especial. Quando eu estava editando meus vídeos de um passeio super lindo que fiz semana passada em Columbia, uma cidadezinha na Califórnia onde era garimpado ouro, me lembrei de um texto maravilhoso e especial que minha mãe escreveu.
Boa leitura e bom divertimento com os vídeos :)
"Deixa ir o meu povo, para que me celebre uma festa no deserto" (Êxodo 5:1b)
É possível fazer festa em tempo de guerra? Ou celebrar com pranto?
Parecem coisas totalmente destoantes, cada uma com valor tão intenso. O Senhor porém mandou Moisés dizer isso ao Faraó do Egito, o grande Ramsés. Ele queria que o povo celebrasse, ainda que viviam num regime de escravidão, ainda que teriam que sair da zona de conforto, ainda que no deserto os recursos seriam escassos, ainda que em meio a tantas contrariedades, iriam se alegrar em festa.
Viajei na linha do tempo agora e me lembrei do Profeta Habacuque, em sua passagem poética no capítulo três, que em oração ele evoca a misericórdia do Altíssimo na sua ira e atribui cada detalhe de sua soberania e esplendorosa magnificência. Após um período de louvor e conscientização, o Profeta entra com a declaração que virou poesia no meio do povo cristão, numa sequência de acontecimentos circunstanciais:
"ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto nas vides; ainda que falhe o produto da oliveira, e os campos não produzam mantimento; ainda que o rebanho seja exterminado da malhada e nos currais não haja gado. Todavia eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação."
Imagine todas as árvores frutíferas sem flores, isso denota uma mudança climática e de estações, sem primavera, a seguir sem fruto nas vides, agora bagunçou tudo, também não há outono. Vamos em frente, as azeitonas nascem secas e não tem como produzirem óleo. Sem óleo não há remédio, não tem unção e fica limitada a preparação dos alimentos. A situação piorou e muito e como se não bastasse, as sementes lançadas na terra, não vingam, não há cereais, nem o trigo que produz uma diversidade de alimentos subsistenciais. Além do mais, foi exterminado todo o tipo de proteína animal, a humanidade entra num caos existencial. Aí vem a parte que eu fico maravilhada, "todavia", isso é uma declaração de fé excelente, independe de as circunstâncias estarem contra ou a nosso favor. O Profeta é incisivo ao dizer que se alegrará, mesmo que, tudo pareça contrário, mesmo que as coisas não saíram como planejado, e eu continuo... mesmo que a enfermidade bateu em nossa porta, mesmo que não recebemos a promoção esperada, mesmo que o inverno chegou antes em nossa vida, mesmo que fomos depreciados, mesmo que o salário não foi suficiente para pagarmos as contas, mesmo que choveu granizo em nossa casa, mesmo que, mesmo que, mesmo que, etc...
Se alegrar no Senhor vai muito além de nosso entendimento, é inescrutável, independe dos meios, é algo sublime, é um manancial inesgotável.
No verso dezoito, Habacuque fala em exultar no Deus da salvação, essa exultação diz a respeito de uma manifestação de grande contentamento pela salvação em Deus, através de Jesus.
Lembrei-me de Fanny Crosby, uma mulher incrível, compositora lírica do século passado, uma das mais conhecidas autora de hinos sacros, escreveu cerca de oito mil hinos, com mais de duzentos pseudônimos, apesar de ficar cega com apenas seis semanas de vida, por erro médico. O que me chama a atenção em sua biografia é que, ela propositou ainda em seu tenro coração de criança, a se alegrar no Senhor, ainda que não pudesse ver e brincar como as outras crianças. Aos oito anos escreveu um poema que desencadeou sua notoriedade:
"Então pode chorar e soluçar porque sou cega.
Oh, que menina contente sou eu.
Apesar de não poder ver,
Pois decidida estou que neste mundo alegre serei!
Quantas bênçãos recebo eu.
Então pode chorar e soluçar porque sou cega.
Porque isso não farei!"
Amo também, o hino de sua autoria, "Bendita segurança". Que legado essa mulher cega deixou para a humanidade, com valor incalculável. Certamente ela tinha duas escolhas: viver uma vida amargurada de auto-complacência e esperar ouvir de todos a sua volta, que ela era uma coitadinha, digna de dó ou usar todas as forças e potencial para tornar a sua vida e das pessoas que a conheciam, melhor. A segunda opção foi a sua escolha e potencializou para toda a sua geração e a vindoura.
Que possamos viver de maneira a fazer nossa, as palavras de Jó: "Mas Ele sabe o caminho por que eu ando; provando-me Ele, sairei como o ouro" (Jó 23:10).
Juçara Silveira Santos - Imbituba 17/11/2014.
Vídeo 1, vocês podem acessar aqui.
Vídeo 2, vocês podem acessar aqui.
Vídeo 3, vocês podem acessar aqui.
Obs. Essa semana ainda vamos ter especial de Natal para quem trabalha com crianças!
Beijos!
Texto inspirador. Sua mãe escreve mto bem, vc é mto meiga e seu marido engraçado. Obrigado por compartilhar;
ReplyDeleteAmei esse lugar...muito legal...bjosss
ReplyDeletethanks so much for your comment :) I would love to read your blog however I can't seem to translate it to English ! ( I studied Spanish but I am still not that good)
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